Com pelo menos uns dois anos de atraso publico este texto, e o faço para me redimir. Sim, eu, que tantas vezes me julgo entendido e apto a criticar, se o fosse, de fato, teria ouvido Clap Your Hands And Say Yeah pelo menos umas três vezes para digerir o som e formular minhas convicções.
Mas não, quis julgar de imediato, como fazem os tolos, e não deu outra, ele estava lá me esperando. Sim, ele mesmo: o cavalo, me saldando com um caloroso e sorridente: Bom Dia!
O fato é que Clap Your Hands And Say Yeah é uma excelente banda. Tem um som autêntico, melodioso e divertido. A forma como o Ounsworth canta faz toda a diferença. Certamente não seria tão legal se ele não cantasse da forma tão imprudente com que o faz, tornando o som do grupo inconfundível, onde quer que esteja sendo tocado.
Voltando do tempo, dedico créditos também para o tecladista, pois graças a ele as músicas da banda adquiriram uma identidade própria, preenchendo todos os espaços vazios onde a voz de Ounsworth não alcança, e, principalmente, revestindo os sons crus das guitarras e bateria com uma harmonia sofisticada o suficiente para que não se confundissem com o som Indie-Rock dos anos 90 – não que isso seja ruim, frise-se: não vou eu aqui corrigir uma cagada e já deixar outra no lugar.
Enfim, dedico esses escritos ao meu grande amigo Paulo Milra – quem me apresentou a banda - de quem sou fã e com quem sempre aprendo e conheço muitas coisas legais que orbitam na atmosfera insossa desse mundo de coisas iguais.
[rh.06.05.10.01:10]
Eis o vídeo da minha estréia, torço para que os que se arriscarem a ouvir não cometam o mesmo erro que eu cometi: