24/07/2009

10 dicas para escrever melhor


A maior dificuldade quando se vai escrever um texto é saber por onde começar, depois de muito apanhar por causa dessa dúvida, comecei a procurar soluções alternativas que terminaram por dar bastante certo e facilitaram minhas produções. Ai vão as dez maneiras que eu classifiquei como as mais importantes [pelo menos pra mim] na hora de escrever:

  1. Não se preocupe em iniciar o texto na exata ordem cronológica dos fatos ou seqüência correta dos temas sobre os quais você esta disposto a escrever, inicie pela primeira idéia que vier a cabeça, mesmo que ela seja a última coisa a ser abordada. Lembre-se que o mais importante é começar por algum lugar.
  1. Faça pequenos parágrafos, um para cada idéia nova que for surgindo, ainda que sejam correlatas. Mais tarde, quando já tiver vários deles, você adapta todos, num verdadeiro trabalho de edição, unindo os que tiverem de ser unidos e vice versa.
  1. Num primeiro momento não se preocupe em escrever corretamente ou utilizando um vocabulário rebuscado. Escreva com fluidez, apenas traduzindo as idéias para o papel. Depois você volta reescrevendo da maneira que julgar melhor.
  1. Não tenha vergonha de escrever coisas absurdas e discrepantes. Eu sei, nossa imaginação ilimitada às vezes nos surpreende com idéias que, num primeiro momento parecem ser totalmente descabidas e, então, usualmente descartamos todas elas de imediato, o que é um erro, pois na grande maioria das vezes, se acolhermos as tais idéias e tentarmos adequá-la, observa-la sob um novo enfoque, dando a ela uma nova cor... Você pode se surpreender com uma novidade extremamente valiosa para o seu texto.
  1. Utilize toda sua bagagem de conhecimentos, experiências pessoais, pesquise no Google coisas que possam ser úteis e não tenha medo de fantasiar [não se for um texto técnico, é claro!]. Utilize de todos os instrumentos que possam viabilizar a criação de analogias, metáforas dentre vários outros elementos estilísticos que possam enriquecer seu texto.
  1. Não se preocupe em explicar tudo nos mínimos detalhes [mais uma vez: a não ser que seja um texto técnico!], isso também custa muito tempo, tanto para quem escreve quanto para quem lê. Importante frisar que, os ‘detalhes’ de que me refiro, são aqueles óbvios, os quais o leitor tem plenas condições de subentender. Os detalhes imprescindíveis à compreensão do texto, ao contrario, devem ser enaltecidos.
  1. Não se preocupe com o tamanho do texto, mas sim com o tamanho da eloqüência do seu texto.
  1. Pergunte-se: qual a reação que quero provocar nas pessoas?[se for o caso]. Releia o texto depois de pronto e avalie se atingiu seu objetivo.
  1. Não perca muito tempo pensando no que vai escrever, na medida em que você dá continuidade novas idéias vão surgindo em seqüência, umas melhores outras piores, mas o importante é que você tenha a ciência de que se não parar de escrever, essa seqüência só tende a continuar e isso só ampliará e facilitará suas opções no trabalho final de edição e formatação.
  1. Por fim, se nada adiantar, procure ter vários Fluxos de Consciência, e se você por acaso descobrir como se faz isso, por favor, não deixe de me contar. ;)
Espero que este breve tutorial possa ajudar aqueles que, assim como eu, sofrem com as mesmas dificuldades.
[rh.23.07.09.00:36]
imagem: http://modelodecurriculo.org/

12/07/2009

Discípulos de Narciso


Eu sei que tem gente que acha que escrevo por pura vaidade, perdendo tempo atualizando Twitter’s, recantos e blog’s da vida...pra que? Quer perda de tempo maior que essa?
Só sei que escrevo por necessidade, uma válvula de escape pra compensar a pressão que o meu silêncio provoca em mim mesmo... minha cabeça é uma panela de pressão onde as idéias e opiniões vão se acumulando, acumulando...acumulando... já que não consigo dize-las [corretamente], escrevo o mais rápido que posso... se vão ler ou não, pouco me importa... escrever não tem função prática nenhuma, que não essa... e se os que lerem gostarem do que escrevi, fico feliz... e se não gostarem, fico feliz também.
Ter uma opinião formada é o mais importante [não sei ainda pra quem, mas pretendo descobrir isso mais pra frente]... por isso respeito os que acham que esse espaço é o meu LAGO DE NARCISO particular.

[rh.12.07.09.21:59]

imagem: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/de/Michelangelo_Caravaggio_065.jpg/250px-Michelangelo_Caravaggio_065.jpg

05/07/2009

BuddyPoke?...eu passo.


Perguntaram-me por que eu não fiz um BuddyPoke (aquele avatar do Orkut).

E respondo: qualquer semelhança entre o bonequinho e o Bastardo Amarelo (filme Sin City) é mera coincidência?...duvido! hahaha


[rh.05.06.09.00:35]

Pyramid Song

Esse é um dos meus vídeo-clips favoritos, não apenas por ser do Radiohead (sou suspeito pra falar deles), mas pelo belíssimo trabalho gráfico de animação e de direção do vídeo, que só poderia ser concebido por quem tem uma sensibilidade artistica aguçada.
Num cenário inicial apocalipticamente inóspito, nebuloso e monocromático, o mergulho é como olhar um álbum de fotografia antigo e reviver as emoções daqueles momentos. O mergulho é nostalgia se materializando em ação positiva, indo cada vez mais fundo em busca do que não deveria ter sido perdido. Retorno ao encontro do que não deveria ter sido deixado pra trás.
O cuidado com que o mergulhador tem ao chegar a casa, mesmo estando livre para nadar sobre os obstáculos, fez questão de abrir o portãozinho, como nos velhos tempos, repetir os velhos hábitos, faz parte da viagem. A casa desorganizada com sapatos jogados pela sala, da à nítida impressão de que ali ainda tem vida, pessoas ainda se movimentam por ali, como se tudo fosse muito recente, muito palpável.
O mergulhador ajeita delicadamente a cadeira junto à mesa de jantar, ainda disposta para servir quem tivesse fome, como se as pessoas tivessem prestes a se reunir ao seu redor, como se fosse um dia normal, como se ele não tivesse dúvida de que deveria estar ali.
E, finalmente, a poltrona da sala, um reencontro... Sentir-se novamente protegido, certo de estar em casa e poder relaxar, ao menos por um segundo, gozando do conforto de não precisar chegar a mais nenhum outro lugar. Apenas aproveitando o momento de nãoque fazer mais nada e ter a convicção de que não deveria estar em outro lugar que não aquele.
A plenitude da felicidade, na sua forma mais pura e substancial. Felicidade verdadeira, aquela que aquece por dentro e forma no rosto um sorriso honesto e, na mente, um contentamento permanente, como pequenas luzes colorindo um céu desesperançoso.
Mais impressionante é saber que todo esse texto enorme cabe dentro de apenas uma única frase: “there was nothing to fear and nothing to doubt”.
[rh.05.06.09.19:25]


Pyramid Song (Radiohead)
I jumped in the river and what did I see?
Black-eyed angels swam with me
A moon full of stars and astral cars
All the things I used to see
All my lovers were there with me
All my past and futures
And we all went to heaven in a little row boat
There was nothing to fear and nothing to doubt
I jumped into the river
Black-eyed angels swam with me
A moon full of stars and astral cars
And all the things I used to see
All my lovers were there with me
All my past and futures
And we all went to heaven in a little row boat
There was nothing to fear and nothing to doubt
There was nothing to fear and nothing to doubt
There was nothing to fear and nothing to doubt.

imagem:[http://www.mtv.pt/noticias/Reportagem-Optimus-Alive-12-Dia-3/]
vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=s2VzLn6DMCE