16/02/2013

ENSAIO MAL FEITO SOBRE A RISADA


Em verdade, tudo que acontece vira motivo de risada. E se assim é, quem sou eu para dizer o que deve ou não ser rotulado como piada - fatalmente se tornariam duas e não mais apenas uma, sendo a segunda (e mais depreciativa) a minha tentativa vã de impedir essa marcha inexorável. A comédia é o fim último da existência, se consuma além da morte. Tudo se torna engraçado, e, por conseguinte, torna-se eterno. O infinito é uma grande gargalhada ecoando universo a fora, pois o cosmo não se preocupa com “coisas sérias”.

A risada é,  em regra, produto de um “motivo engraçado”... juro, caro leitor, que escrevi outras 8 linhas nesta sequencia, tentando detalhar e esmiuçar o que seria esse motivo engraçado (que todos concordamos, é uma expressão bem pobrezinha na sua essência), mas ao final da oitava linha e vários minutos passados, frustrado, apaguei tudo, socorri-me as velhas aspas... continuando, esse “motivo engraçado” é algo subjetivo e esta a mercê da interpretação que cada um dá - baseado nas suas próprias crenças, valores, conhecimento, sentimentos, etc. E como toda boa regra, há  exceções: não pressupõe que a pessoa esteja necessariamente feliz ou que o motivo seja obrigatoriamente engraçado, conheço gente que começou a rir compulsivamente no momento em que soube da morte da própria avó (não, ela não odiava a vó, tampouco ficou feliz por conta disso). Bizarro né?

O fato é que... sinceramente, já não me lembro do porque comecei a escrever este texto. Podem rir se quiserem.

Para salvar esse texto do fracasso total, vai uma citação: "Um dia sem rir é um dia desperdiçado" (Chaplin).

[rh.16.02.2013.16:10]

imagem: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRh80t8NjOa8Q4dWb2-tvErMTNh0krMgJrX5aYICqoIzHBWZO2KKA

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